Vão me perguntar se estou bem, pergunta que eu me faço todos os dias, estou bem? Falta alguma coisa? Não, não falta nada. Minha cabeça pensa e vive num ritmo frenético, tudo muda ao decorrer do tempo, nada fica parado.
Talvez algo fique parado, uma inércia da qual eu nunca vou sair, as vezes penso, mais sei que um dia irá acabar. Conviver e saber da história de alguém é essencial pra saber como ela é, aceitar seus defeitos e prezar por uma relação onde nada possa nos atingir é um sonho, que vira pesadelo, quando a outra não pensa assim, nos pede pra ficar longe, coloca seus planos e a forma como o mundo ao seu redor interage com ela em primeiro lugar, o momento em que você precisa falar e a outra pessoa se encontra entre esses devaneios é horrível. E eu já não suporto mais ser maltratado. Quanto drama, 18 anos e os pelos que emolduram minha face salpicada de espinhas não podem negar, eu tenho um coração. Digo isso porque preciso ser sincero comigo mesmo e com vocês, que um dia foram alvo da minha rebeldia sem causa, hoje me arrependo, e pensar em fazer isso com qualquer outro membro da minha família me corrói.
Solucionar esse problema com amor era meu plano no começo, falava e implantava no âmbito familiar coisas revolucionárias pra essa família, mal interpretado fui alvo de julgamentos, sentimentos reprimidos de ódio moldaram a minha relação com o macho alfa, disposto a mata-lo, fiquei cego diversas vezes no meio do caminho, devidamente inciado nessa vida de relações familiares pensei em não botar tudo a perder novamente, comecei a ser calculista muito antes dele me dizer em uma rara discussão, já que como todos sabem o macho alfa sempre tem razão. Como catalisador e formador de opinião ele fez uso de sua voz e poder pra moldar os outros membro da família, a imagem que tinham em suas mentes de mim foram pixadas, vencido me declarei, mudo e surdo me declaro. Vivendo para o meu sonho, pois entender e ter tudo da forma que queremos é impossível.
