sábado, 8 de março de 2014

sobre os homens

  Minhas relações com os homens vão ser sempre ruins? Ok, eu sou um homem, como é lidar comigo mesmo? Um desastre, em partes. Só que eu acho que não tem que ser assim com os outros. Na verdade eu não quero assim. Começarei do começo a minha auto análise sobre como lido com os homens.
O homem que me gerou não procurou ter um contato comigo desde o começo, com 5 anos de idade ele tentou,  tarde demais, eu já estava encrustado dentro da minha armadura. Nesse período conheci o meu avô, homem de poucas palavras e um prazer : o bar. Quando paro pra pensar no que eu me lembro dele, nessa época, são episódios sobre pedir dinheiro pra comprar doces ( 1 real ) isso me torna ruim? Como uma criança curiosa que sempre serei, agi como agiria quando descubro algo interessante, o dinheiro servia para coisas fora do meu alcance, logo comprei coisas de muita valia pra ser quem eu sou hoje. Miniaturas de desenhos animados, gibis, revistas e fitas alugadas em locadoras. Partindo desse principio com o patrocínio do meu avô, descobri o que supre a minha carência de pais e toda a parafernália familiar. Tenho muito a agradecer. Sou menos infeliz hoje por causa dele. Com a minha avó morta, o meu avô se desestabilizou, perdido em seus pensamentos sobre como é ruim estar longe dela, ele se entregou  e me entregou para o mundo, sem pensar. Não o culpo, não culpo ninguém, a minha existência até hoje é submetida a intensos testes de resistência emocional, estou vivo e mais forte graças a esses testes.




No final vou vencer esse jogo que é viver. Sei o que eu quero, e tenho um sonho, foi nessa época que decidi o meu primeiro sonho: trabalhar no MSP estúdios. Nutri esse sonho desenhando, lendo e vivendo a minha vida de pré - adolescente indo a escola e me rebelando ao que via e que não agradava em casa.  Na escola eu me descobria, descobria a minha sexualidade.
 As mulheres me agradam, dotadas de um charme natural, elas sabem ser e acontecer com graça, fragilidade e amor. Mais esse post é sobre os homens.
 Morando com a minha mãe o meu ódio por um homem em especial cresceu e persiste a crescer, o meu padrasto. Egoísta e defensor soberano dos seus pontos de vistas, usava da palavra e de ações impulsivas para pisar em quem estivesse no caminho, deixando bem claro quem mandava no pedaço. Meu estômago queimava de raiva a cada palavra proferida pela sua boca podre, querer sentir isso de novo, depois de ter ido embora da casa dele e de minha mãe é o que eu menos quero, é sentir isso de novo. Mas hoje morando com os meus tios crentes vivo um drama semelhante.

 O meu tio Passarin me detesta por um motivo que eu desconheço, ele sabe o que eu gosto e o que me faz bem, eu estabeleci um canal de comunicação com ele, mesmo  afetado pelo meu padrasto, a minha falta de fé no ser humano já estava baixa, agora com as reações e perguntas dele para mim eu tenho 1.000 pés atrás. Por um lado isso é bom. Vou me preparando pra gente da laia dele.

No meu trampo só tem homem, e pelo que pude observar tem homem de todo tipo lá. O Eduardo, meu padrinho ( para ser promovido ele precisa me ensinar tudo o que sabe, então ele é meu padrinho ) é lindo demais, calmo e eu perco as vezes a noção do que eu estou fazendo, ou do que ele tá me dizendo, de tão lindo que ele é, que motivação ir trabalhar, pensando que vou encontra-lo e sabendo que ele quer uma família normal. Existem homens bons.  Os outros no trabalho eu ainda não conheço, mas lá, no trabalho um filtro de emoções e do que dizer é criado. Nada vai gerar conflito, preciso do emprego.



A verdade é que se trata de uma relação de amor e ódio, daqui até o fim o ser humano vai me surpreender, horas positivamente, horas negativamente. Quando acontece de ser negativamente o inferno começa e parece nunca ter fim, desabafar e recarregar o coração de conteúdo bem vai me fazer bem. Meu tio Passarin tem a vida fracassada para viver, isso me vinga.